O mais recente balanço do setor de meios eletrônicos de pagamento, realizado pela Abecs, revelou que o cartão de débito transacionou R$ 240,3 bilhões no primeiro trimestre de 2025, valor 0,4% menor que no primeiro trimestre do ano anterior.

Apesar do leve decréscimo no valor total movimentado, o cartão de débito apresentou cifras que mostram a inserção do instrumento nos hábitos de consumo do brasileiro.
Uma delas é referente ao pagamento por aproximação. Já bastante inseridas no modo de pagar presencialmente com cartão, as transações por aproximação seguem avançando (+38,6% no primeiro trimestre de 2025, em relação ao mesmo período do ano anterior) – e levando o cartão de débito junto.
O cartão de débito transacionou R$ 116,6 bilhões por aproximação no primeiro trimestre de 2025, um crescimento de 43,4% na comparação interanual. “O maior uso do débito por aproximação indica um novo padrão de comportamento do consumidor brasileiro, que busca praticidade e agilidade nas compras do dia a dia, sem abrir mão da segurança”, afirma Ricardo de Barros Vieira, vice-presidente executivo da Abecs.
As compras virtuais com cartão de débito apontam para essa mesma mudança de hábito, de um consumidor interessado em utilizar diferentes modalidades digitais de cobrança, priorizando a conveniência e a segurança.
No primeiro trimestre deste ano, o débito online transacionou R$ 4,1 bilhões, com crescimento de 16% (muito similar ao avanço do uso online do crédito no período, de 16,6%). Mas é na comparação com o período pré-pandemia que a evolução do uso virtual do débito fica mais evidente: do primeiro trimestre de 2019 para o primeiro trimestre de 2025, o uso online do débito avançou 543,3% (enquanto o crédito cresceu 259,8% no ambiente virtual no mesmo período)

“Esse resultado reflete os esforços da indústria de meios eletrônicos de pagamentos nos últimos anos para padronizar a jornada de uso do cartão de débito em compras remotas, divulgar a modalidade e reforçar a segurança dessas transações. Hoje o débito pode ser usado não só no e-commerce, mas também em transações por aplicativo, plataformas de serviços e assinaturas digitais”, afirma Vieira, da Abecs.