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Tap on phone: menor custo e mais mobilidade para quem vende com cartão 

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Tap on phone é a funcionalidade que transforma o celular em uma maquininha de cartão. Com ele, qualquer smartphone com NFC (Near Field Communication, a tecnologia que realiza transações por aproximação) fica apto a receber pagamentos com cartão por aproximação. Baixando o aplicativo e fazendo o cadastro junto à credenciadora, em minutos um comerciante está pronto para concluir uma venda.  

“O tap on phone proporciona um processo de pagamento bastante simples: o vendedor informa o valor da compra e a forma de pagamento, o consumidor aproxima seu cartão de débito ou crédito, celular, relógio ou outro dispositivo inteligente, e a transação é concluída em segundos”, explica Luiz Prateleira, especialista de Negócios e Produtos de Aceitação na Sicredi e coordenador do grupo de trabalho sobre o tap on phone na Abecs, associação que representa o setor de meios eletrônicos de pagamento. O grupo, composto por representantes de diversas empresas associadas, foi formado para trabalhar em padronizações e na expansão da solução no mercado brasileiro. 

O que torna o tap on phone possível? “O smartphone, a antena NFC e a conectividade 3G, 4G ou Wi-Fi são os elementos fundamentais em uma transação com tap on phone”, afirma João Castanheira, gerente de Soluções em Pagamento da Fiserv, responsável pelo desenvolvimento da solução oferecida por algumas credenciadoras parceiras. Além de contar com a tecnologia NFC, que permite a troca de informações por campo de proximidade, o smartphone Android deve ser versão 9.0 ou superior para poder realizar um pagamento com tap on phone (por enquanto, são poucas as credenciadoras que oferecem a solução também para iOS).

O tap on phone dispensa a compra ou aluguel de um terminal de pagamento tradicional: o download do aplicativo é gratuito e o prestador de serviço utiliza seu próprio smartphone como um POS, desembolsando somente a taxa de desconto cobrada pela credenciadora por transação. 

Por esse motivo, a solução foi inicialmente pensada para digitalizar micro e pequenos empreendedores. Com o desenvolvimento do produto, porém, entendeu-se que a funcionalidade é interessante também para quem necessita de vários terminais, mas não quer investir na compra ou aluguel de diversas maquininhas. 

Mobilidade

Além de ser mais acessível, o tap on phone contribui também com a mobilidade, já que o celular costuma estar na bolsa ou no bolso – ou seja, um terminal de pagamento sempre a postos.  

Isso torna a funcionalidade especialmente interessante para quem trabalha “em trânsito”, como vendedores ambulantes, entregadores e motoristas de táxi ou aplicativos. E também aos atendentes de grandes estabelecimentos, como garçons de bares e restaurantes, que podem usar o tap on phone para concluir o pagamento de cada mesa que solicita o fechamento da conta, ou para vendedores de grandes magazines, que concluem a venda em qualquer ponto do estabelecimento usando um smartphone, sem necessariamente conduzir o consumidor ao caixa.  

Ana Bia Ferreira, Product Lead na Stone, destaca, ainda, que o tap on phone pode funcionar como um terminal de pagamento “adicional” do lojista ou prestador de serviço: “Não é interessante que se perca vendas na rua por ter esquecido a maquininha em casa ou por estar com o terminal descarregado. Nesses casos, também é possível baixar o aplicativo, cadastrar-se e, em menos de cinco minutos, fazer a venda”.  

“Nosso cliente já utiliza o celular pessoal para diversas funções e, com o tap on phone, ele continua não tendo que se preocupar com bateria, conexão ou manutenção de um dispositivo adicional de pagamento. Ao utilizar o celular, esse comerciante oferece, ainda, uma experiência de pagamento mais tecnológica a seu cliente”, afirma Ana Bia Ferreira, Product Lead na Stone.

O Tap on Phone contribui com a acessibilidade e a mobilidade, facilitando a aceitação de cartões para pequenos negócios

Regras de segurança e padronização 

De acordo com Prateleira, o grupo de trabalho Tap on Phone formado na Abecs foi fundamental no estabelecimento de padrões e de requisitos de segurança para a solução. “Um objetivo constante de nossos debates é apoiar as regras de segurança do produto, além de comunicar ao mercado quão confiável é a solução”, diz. 

O tap on phone se baseia nas mesmas tecnologias de segurança das demais transações com cartão, seja qual for o terminal de captura, como por exemplo o processo de criptografia transacional do começo ao fim. Além disso, respeita os padrões de segurança estipulados pelas bandeiras e pelo PCI, autoridade máxima em segurança em pagamentos. “Com o avanço das transações por aproximação, não há diferença entre POS e tap on phone no quesito segurança. A solução se baseia nos mesmos requisitos dos terminais convencionais, com camadas que garantem a autenticidade e a aprovação das transações. As regras não mudam”, afirma Prateleira. 

Crescendo junto com o pagamento por aproximação. A solução que digitaliza pequenos negócios só é uma realidade de mercado hoje porque os pagamentos por aproximação conquistaram a preferência do consumidor brasileiro. Segundo dados da Abecs, quase 60% dos pagamentos presenciais com cartão no Brasil já são feitos por aproximação – e 87% dos que pagam dessa forma citam a comodidade e a rapidez dessas transações como os principais atributos para tal. Para os clientes que eventualmente não façam transações por aproximação, os aplicativos de tap on phone realizam, ainda, pagamentos por meio de leitura de QR code. 

Com adesão gratuita, facilidade de uso, mobilidade e segurança, o tap on phone democratiza o acesso de microempreendedores e prestadores de serviço pessoa física aos pagamentos com cartão. E seu potencial de mercado vai além, “descentralizando” o caixa de estabelecimentos de grande porte, que têm grande rotatividade de clientes. “A digitalização de todos os negócios é, definitivamente, uma tendência, que se intensificou com a pandemia”, resume Ana Bia. 

“Por dispensar qualquer outro dispositivo na aceitação de cartões, o tap on phone traz para os negócios brasileiros uma inclusão financeira. Com baixas taxas e sem aluguel, qualquer profissional pode formalizar seu negócio, contando inclusive com outras funcionalidades que podem vir junto com o aplicativo para apoiar sua gestão e fluxo de caixa”, diz Castanheira, da Fiserv.  

Por Panorama 

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