Auditório lotado com público atento durante o 13º Fórum CardMonitor de Inteligência de Mercado
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13º Fórum CardMonitor de Inteligência de Mercado:  insights e perspectivas para o setor de pagamentos 

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A principalidade é um desafio no setor de pagamentos, especialmente diante de uma oferta de soluções cada vez mais ampla. Para garantir que um cartão seja a opção prioritária do consumidor – ou seja, o escolhido no pagamento por uma compra ou no cadastro em um aplicativo –, as empresas do ecossistema de meios eletrônicos de pagamento investem em inovação, segurança e eficiência na experiência de uso, além de benefícios atrativos para o portador.  
 
Esses foram os temas em destaque no 13º Fórum CardMonitor de Inteligência de Mercado, realizado ontem, 25 de fevereiro, na capital paulista, com a presença de lideranças do setor e formadores de opinião que, juntos, debateram tendências do mercado de pagamentos no Brasil. O evento contou com o apoio da Abecs e a participação do presidente e de conselheiros da Associação em suas mesas debatedoras.

Perspectivas para o setor: desafios e oportunidades

O painel “As perspectivas e tendências para o Brasil e para o setor de meios eletrônicos de pagamento nos próximos anos” contou com a participação do presidente da Abecs Giancarlo Greco (Elo), do economista Adolfo Sachsida e de Antônio Freixo (Entrepay), capitaneando o debate sobre políticas econômicas e fiscais que afetam a indústria de cartões.  

Para Greco, “Depois do bom desempenho do setor em 2024, impulsionado pela queda no desemprego e pelo crescimento econômico, 2025 trará desafios relacionados ao novo modelo de garantias e ao banking as a service, que exigirão rápida adaptação, especialmente das credenciadoras. A questão do split payment, que vem com a Reforma Tributária, também exigirá atenção dessa indústria”. Greco enfatizou, ainda, que o setor continuará a se reinventar, impulsionado por tecnologias como inteligência artificial

“A principalidade dos cartões não é necessariamente afetada pelo crescimento do PIX. Desde que o PIX foi implementado no Brasil, os cartões de crédito continuaram a crescer, com toda a sua proposta de valor, que inclui limite de crédito, programas de fidelidade, ferramentas de prevenção a fraudes e chargeback. Quem saiu perdendo foi o papel-moeda”, afirmou Giancarlo Greco, CEO da Elo e presidente da Abecs, durante o 13o Fórum CardMonitor de Inteligência de Mercado.   

Inovação e futuro do setor

O impacto da inteligência artificial generativa na indústria de cartões foi o tema do painel “Novas tecnologias e funcionalidades em meios eletrônicos de pagamento. O que esperar do futuro do setor?”, com Fernando Bacchin (Banco Inter), Gustavo de Sousa Santos (Santander), Marco Cury Chain (Banco Pan), além dos membros do Conselho da Abecs Nuno Lopes Alves (Visa do Brasil) e Raul Moreira (Banco Original).  

Já parte da indústria de pagamentos há anos, a IA é responsável por ganhos exponenciais, com o aprimoramento de autenticações e aprovações, melhorias na gestão de fraudes e na linguagem usada em mensagerias, entre diversos outros avanços. “Mas hoje vivemos um ponto de virada, que é a possibilidade de a IA reinventar o comércio eletrônico, dado o conhecimento cada vez maior e mais especializado de cada consumidor”, argumentou Alves. Para o executivo, em pouco tempo a hiperpersonalização de ofertas chegará a tal ponto que o portador contará com a IA para uma jornada de compra totalmente assertiva e fluida, que o auxiliará inclusive a escolher o instrumento de pagamento com as melhores condições naquela transação específica.  

O open finance e a inserção da população de baixa renda aos avanços digitais também estiveram em debate. Moreira defendeu a inclusão do cartões na agenda do open finance e exaltou o modelo brasileiro de compartilhamento de dados bancários. “Atualmente, estamos focados em pontos primordiais para que o open finance chegue à população como um todo, como governança, investimentos em tecnologia e o entendimento da população quanto ao open finance”, afirmou. 

A evolução dos meios de pagamento e a busca por principalidade 

O painel “A Jornada da Principalidade – em cartões de crédito, em credenciadoras, em bandeiras, em empresas de fidelidade” contou com a participação de Lessandro Werner Thomaz (Caixa) e Martin Holdschimidt (LATAM Pass Brasil), além dos conselheiros da Abecs Rubens Fogli (Itaú-Unibanco), Marcelo Tangioni (Mastercard Brasil) e Pedro Coutinho (SafraPay).  

O significado de principalidade e os atributos necessários para conquistá-la em diferentes faixas de renda permearam o debate. “Alta renda é o segmento mais estável, pelo qual diversos players disputam, com oferta cada vez maior de benefícios. Já a baixa renda é um segmento relativamente novo, que vem com a inclusão bancária; as empresas vêm procurando entendê-lo e conquistá-lo”, diz Fogli.  

Na visão de Tangioni, “Para conquistar principalidade, é preciso oferecer uma solução segura e fácil de usar. As bandeiras contribuem com essa oferta de valores sendo digital by default, contando com benefícios específicos para cada faixa de renda, e personalizando ofertas”. A opinião foi complementada por Coutinho, que frisou que “no mercado de adquirência, o pequeno varejista precisa de crédito. Estar atento a essa necessidade faz a diferença na conquista de novos estabelecimentos comerciais”. 

O desenvolvimento de soluções seguras para o consumidor, os benefícios personalizados, a personalização dos programas de fidelidade, a disponibilidade de crédito para pequenos varejistas e a experiência do cliente foram elencados pelos painelistas como formas de conquistar a principalidade em um mercado altamente competitivo. 

O mercado de benefícios e a interoperabilidade

No último painel do 13º Fórum CardMonitor de Inteligência de Mercado, “Os desafios do mercado de cartões de benefícios frente às mudanças regulatórias”, o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), política pública voltada à promoção de alimentação saudável e equilibrada, esteve no centro do debate entre Aline Pereira (Sem Parar Empresas), Camila Arena (Pluxee), William Tadeu Gil (VR) e Bianca Valente (Alelo).  
 
A relevância do PAT, os avanços do programa ao longo das últimas décadas e, principalmente, os impactos das alterações legais foram temas debatidos. Os painelistas enfatizaram a necessidade de fiscalização para que o uso do benefício de alimentação não seja desvirtuado e debateram como a interoperabilidade e a portabilidade podem interferir nessa capacidade de fiscalização.  

O evento foi marcado ainda pelo lançamento do Relatório Anual de Meios Eletrônicos de Pagamento, com os mais importantes executivos do setor falando do mercado em 2024 e das perspectivas para 2025. E, como de praxe, pela oportunidade de encontros e networking. 

Por Panorama 

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