*Por Lori Grandin
Para o pequeno varejista que não quer perder vendas, seja no ambiente físico ou online, aceitar meios eletrônicos de pagamento é fundamental. O cartão é o instrumento apontado por 75% dos consumidores como sua escolha na hora de pagar, segundo dados da Abecs.
Para que os estabelecimentos comerciais aproveitem os benefícios do ecossistema de cartões ao mesmo tempo em que se protegem contra fraudes, Lori Cristina Grandin, diretora de Prevenção a Risco e Fraude da SumUp, lista cinco dicas essenciais para que pequenos negócios e consumidores não caiam em golpes.
Confira:
Cartões ‘sem bandeira’
Os fraudadores às vezes utilizam cartões brancos, sem as cores e logomarcas das bandeiras e emissores, para realizarem tentativas de compras presenciais. Neste caso, o comerciante deve ficar atento e identificar o cartão. Cartões sem identificação podem ser plásticos brancos emitidos de forma fraudulenta, criados apenas para aplicar golpes em estabelecimentos. O estabelecimento deve solicitar outro cartão que tenha a identificação do comprador, emissor e logo da bandeira para a realização do pagamento da compra, por exemplo.
Compras muito acima do ticket médio
Preste muita atenção em compras cujo valor é muito maior que o processado na sua loja. É claro que existem exceções, mas os fraudadores costumam fazer compras que ultrapassam em muito o ticket médio do estabelecimento. Desconfie de transações desse tipo.
Checagem de documentos
Uma ação básica e muitas vezes necessária não é habitual no Brasil – mas deveria ser: verificar se nome impresso no cartão bate com o nome do documento de identificação e se a foto do comprador corresponde à pessoa em posse da identificação, especialmente em compras suspeitas. Essa checagem mitiga o risco de fraudes, pois assim o comerciante tem a certeza de que a compra está sendo realizada realmente pelo portador do cartão.
A verificação de identidade do portador vale também para compras realizadas via link de pagamento ou online. Se averiguarmos que o comprador é também o pagador ou pelo menos tem o mesmo sobrenome, indicando ser alguém da família, nos precavemos de possíveis golpes. Em geral, os fraudadores usam cartões de outras pessoas, que também são vítimas dos golpes e nem sabem que seus cartões estão sendo usados de forma fraudulenta.
Contatos inesperados
Se banco ou empresa parceira de maquininha ou financeira entrar em contato com o lojista de maneira inesperada, a dica é desconfiar. Empresas ou adquirentes sempre entram em contato via canais oficiais. Mensagens suspeitas solicitando códigos, senhas ou até mesmo pagamentos são fraudes. Comerciantes devem tomar cuidado também com visitas que não foram agendadas via canais oficiais, já que as companhias sempre acionam o estabelecimento com antecedência caso uma revisão venha a ser realizada.
Personalização de equipamentos
Há casos em que fraudadores substituem equipamentos e os pagamentos do lojista verdadeiro caem direto na conta desses golpistas. Por isso, colocar um adesivo, por exemplo, na maquininha vai facilitar a identificação do equipamento por funcionários da loja e evitar que fraudadores façam substituições por modelos de mesma cor, formato e modelo que não sejam o do estabelecimento em questão.
Outra maneira de evitar golpes em estabelecimentos é o cuidado que temos quando somos os próprios consumidores. Se atente:
- Não compartilhe seu cartão – sob nenhuma circunstância
- Não forneça sua senha
- Tome cuidado com equipamentos e locais suspeitos
- Sempre confira o valor da transação no visor da maquininha, inclusive em compras sem contato do cartão
- Personalize seu cartão também, colando adesivos, por exemplo, assim você se protege de trocas indevidas.
Este conteúdo reflete a opinião do autor, não necessariamente a opinião do portal

*Lori Grandin é diretora de Prevenção a Risco e Fraude da SumUp