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Pagamento por aproximação cresce 344,5% no primeiro semestre

homem faz pagamento por aproximação no mercado
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O pagamento por aproximação com cartões de crédito, débito e pré-pagos vem ganhando mais espaço entre os brasileiros e já representa mais de um terço das compras feitas presencialmente. Trata-se da inovação que mais cresce entre os meios de pagamento do País, de acordo com a Abecs, associação que representa as empresas do setor.

O presidente da associação, Rogério Panca, afirmou que os pagamentos por aproximação cresceram 344,5% no primeiro semestre de 2022 em relação ao mesmo período no ano passado.

Esse crescimento é um dos reflexos da digitalização da economia, que se intensificou a partir da estabilização da mobilidade urbana após os meses mais críticos da pandemia de Covid-19.

Volume movimentado

A alta de 344,5% no valor que o brasileiro transacionou via aproximação é em comparação com os dados do primeiro semestre de 2021, quando o total movimentado foi de R$ 53 bilhões. No primeiro semestre de 2022, a população transacionou R$ 235,5 bilhões tanto no cartão de crédito, quanto no de débito e pré-pago.

Com relação à quantidade de transações, os brasileiros realizaram, no primeiro semestre deste ano, 4,6 bilhões de pagamentos por aproximação, o que representa uma alta de 350% em comparação ao mesmo período em 2021.

Individualmente, no mesmo período, foram observados os seguintes crescimentos para os diferentes tipos de cartão: alta de 338,6% para os pagamentos no cartão de crédito, de 306,3% no cartão de débito e 453,7% no cartão pré-pago. Os valores transacionados correspondem a R$ 132,2 bilhões, R$ 63,9 bilhões e R$ 39,4 bilhões, respectivamente.

Futuro dos pagamentos por aproximação no Brasil

De acordo com a Abecs, em junho de 2022, 33,4% de todas as compras presenciais com cartões foram feitas por aproximação. Esse dado, comparado ao percentual observado nos meses de junho dos anos de 2020 e 2021, corrobora a previsão de uma aceitação cada vez maior dos pagamentos por aproximação pelos brasileiros ao longo dos anos.

Em junho de 2020, apenas 2,2% de todas as compras presenciais foram realizadas dessa maneira. No ano seguinte, observou-se um crescimento expressivo em comparação às outras possibilidades, com os pagamentos por aproximação correspondendo a 13,5% do total de transações in loco.

Diante da adesão comprovadamente frequente dos brasileiros à tecnologia NFC, a expectativa da Abecs é de que, ainda em 2022, em torno da metade das transações presenciais com cartões seja por aproximação no País.

Tecnologia NFC

O pagamento por aproximação se tornou possível a partir do desenvolvimento da tecnologia NFC, do inglês Near Field Communication. Em tradução aproximada, o termo significa “comunicação entre campos próximos”, ou seja, se refere à possibilidade de estabelecer uma troca de informações entre dispositivos diferentes se eles estiverem próximos um do outro.

No tocante aos pagamentos presenciais no Brasil, a tecnologia se desenvolveu de modo a permitir transações apenas aproximando dispositivos que possuem uma espécie de “antena”. Ela realiza a comunicação por aproximação entre os terminais de pagamento e um cartão físico habilitado ou algum dispositivo inteligente, como um smartphone ou smartwatch.

A diversidade nas maneiras de efetuar os pagamentos deixou o processo de compra e venda mais prático, rápido e seguro tanto para os vendedores quanto para o consumidor final, pois não é necessário inserir o cartão na máquina POS (do inglês Point of Sale).

Essa praticidade nos pagamentos se tornou mais conhecida no Brasil durante os períodos de maior isolamento social devido à pandemia, quando o contato físico entre as pessoas e a higienização de utensílios de uso pessoal ganhou destaque. Contudo, o crescimento dos pagamentos por aproximação ganhou proporções mais robustas em 2022, quando a população voltou a se sentir confortável para fazer compras presencialmente e com mais frequência.

Por Panorama

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