Os pagamentos com cartões por aproximação já são escolhidos pelos brasileiros em praticamente metade das compras presenciais.
De acordo com dados da Abecs, associação que representa as empresas de meios eletrônicos de pagamento, no terceiro trimestre de 2022, 37,7% das compras presenciais com cartões foram pagas por meio da tecnologia NFC (do inglês Near Field Communication), que está presente tanto em cartões quanto em dispositivos inteligentes, como smartphones e smartwatches.
Aproximação movimenta R$ 150 bilhões
No terceiro trimestre de 2022, o volume dos pagamentos por aproximação no cartão foi de R$ 150,6 bilhões. Em comparação com o mesmo período do ano passado, a modalidade cresceu 162%.
No acumulado do ano, que considera os meses de janeiro a setembro, o crescimento é ainda mais expressivo. Os pagamentos por aproximação movimentaram R$ 386,2 bilhões e, em relação a 2021, apresentaram um crescimento de 249,5%.
De acordo com Rogério Panca, presidente da Abecs, “o crescimento do pagamento por aproximação foi vigoroso em todas as modalidades, pois trata-se de uma modalidade que facilita a jornada de compra do usuário, além de ser bastante segura e conveniente”.
Individualmente, no terceiro trimestre de 2022, foram observados os seguintes crescimentos para os diferentes tipos de cartão: alta de 160,5% para os pagamentos no crédito, de 138,2% no débito e de 214% no pré-pago. Os valores correspondem a R$ 83,5 bilhões, R$ 40,2 bilhões e R$ 26,8 bilhões, respectivamente.
Quantidade de transações
Com relação à quantidade de transações feitas por aproximação, os dados da Abecs também apontam para um “crescimento que continua sendo bem expressivo”. No terceiro trimestre de 2022, foram aproximadamente 3 bilhões de pagamentos, alta de 157,5%.
O tíquete médio dessas compras foi de R$ 70 para o cartão de crédito, R$ 42 para o de débito e R$ 32 para o pré-pago. “Com esse tíquete médio, o valor limite de R$ 200 para que a transação ocorra sem autenticação abrange com muita tranquilidade quase 100% das compras feitas com essa tecnologia”, afirmou Panca.
Usuários satisfeitos
Ronaldo Santos, consultor empresarial, começou a pagar suas compras por aproximação durante a pandemia, para evitar contato com as máquinas de cartão, e, depois disso, não parou mais de usar a modalidade. “Eu gosto de fazer pagamentos por aproximação porque é prático, geralmente não preciso digitar a senha e, por isso, não preciso higienizar as mãos depois”, afirma.
Já para o motorista particular Felipe Januário da Silva, as transações por aproximação trazem segurança também porque são mais rápidas e, assim, ao final da corrida, reduzem o tempo de espera pelo pagamento. Atualmente, ele observa que a maioria dos passageiros que faz o pagamento presencialmente prefere pagar por aproximação. “As pessoas gostam de praticidade e preferem não perder tempo inserindo o cartão na maquininha e digitando a senha”, comenta.
Por Panorama