As compras não presenciais com cartões continuam apresentando crescimento expressivo em 2022, principalmente nas modalidades de crédito e pré-pago.
De acordo com dados do setor de meios eletrônicos de pagamento para o terceiro trimestre deste ano, divulgados pela Abecs, associação que representa as empresas dessa indústria, as transações não presenciais movimentaram R$ 175,8 bilhões no período, alta de 20% em comparação com o mesmo período de 2021.
Quando o valor acumulado entre os meses de janeiro e setembro de 2022 é comparado ao mesmo período do ano anterior, a força com que o setor vem crescendo, considerando a digitalização da economia, fica ainda mais evidente. Com R$ 514,3 bilhões em compras remotas com cartões, a alta interanual em relação a 2021 é de 28%.
Crédito e pré-pago avançam
No terceiro trimestre deste ano, as transações não presenciais com cartões de crédito movimentaram R$ 170,7 bilhões, que, em comparação com o mesmo período do ano anterior, representam crescimento de 21%.
Para os cartões pré-pagos, a variação é ainda mais expressiva, de 47,8%, somando R$ 2,5 bilhões.
Compras remotas com o débito
O cartão de débito registrou uma queda de 30,5% na comparação entre o terceiro trimestre de 2022 e o do ano anterior. Contudo, o valor movimentado representa um volume importante para o setor, com R$ 2,6 bilhões em compras remotas.
De acordo com o presidente da Abecs, Rogério Panca, a entidade está comprometida em tornar o débito uma opção mais atraente tanto para o consumidor quanto para quem comercializa produtos e serviços online.
Ainda que o cartão de crédito sempre tenha sido o meio de pagamento favorito para operações não presenciais e continue consolidado no e-commerce, há na Associação um trabalho conjunto que envolve bandeiras, adquirentes e emissores para aperfeiçoar o débito em transações online.
Algumas iniciativas buscam, por exemplo, reduzir problemas na jornada do consumidor, como a necessidade de sair da página de checkout para aprovar a compra no aplicativo do emissor do cartão ou via SMS. Essa etapa extra no momento de finalizar a transação pode levar o cliente a abandonar o carrinho sem concluir a compra.
Panca também falou sobre uma possível mudança do prazo de liquidação das operações presenciais e online com cartões de débito para “D+0” (o valor das transações cai na conta de quem vende no mesmo dia), o que diminui a necessidade de capital de giro, tornando a modalidade mais competitiva.
Por Panorama