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Pagamentos com cartões movimentam R$ 1,7 trilhão no 1º semestre de 2023

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No primeiro semestre do ano, os pagamentos com cartões de crédito, débito e pré-pagos somaram R$ 1,7 trilhão, uma alta de 8% em relação ao mesmo período do ano passado. Os números foram divulgados pela Abecs, associação que representa as empresas de meios eletrônicos de pagamento, em coletiva de imprensa em 10 de agosto.

Sobre o crescimento no período, o presidente da Associação, Giancarlo Greco, comentou que o setor de meios eletrônicos de pagamento continua avançando de maneira sólida, mesmo com os reflexos do momento desafiador vivido pela economia do País. Segundo ele, os meses de abril e maio, principalmente, refletiram o cenário macroeconômico, mas o setor enxerga os próximos trimestres com otimismo, com retomada do fluxo de crédito e a desaceleração da inadimplência.

O cartão de crédito foi a modalidade que movimentou maior volume: R$ 1,1 trilhão (10,1% a mais que no primeiro semestre de 2022). Os cartões de débito e pré-pagos movimentaram, respectivamente, R$ 471,8 bilhões (-3,3%) e R$ 141,9 bilhões (+42,7%).

Quantidade de transações

Os brasileiros fizeram uma média de 113 milhões de pagamentos com cartões por dia no primeiro semestre de 2023. Foram 19,8 bilhões de transações ao longo dos meses, um incremento de 5,6% na comparação interanual.

A modalidade mais usada foi o cartão de crédito, com 8,4 bilhões pagamentos realizados (-5,1%), seguido pelo cartão de débito, com 7,8 bilhões de transações (+4,5%), e pelo cartão pré-pago, com 3,6 bilhões (+48%). Segundo Greco, a redução no tíquete médio das compras com débito (que ficou em R$ 60 no período) ajuda a explicar a queda observada no valor movimentado na modalidade, mesmo com uma alta importante na quantidade de transações.

“O aumento de mais de 5% na quantidade de transações com cartões no semestre deixa claro que a utilização de meios eletrônicos de pagamento pelos brasileiros continua crescendo”, afirma Giancarlo Greco

Pagamentos por aproximação e compras remotas

O pagamento por aproximação com cartões foi destaque nas transações presenciais no primeiro semestre, com alta interanual de 76,1% e R$ 414,8 bilhões movimentados. Foram mais de 7 bilhões de pagamento com a tecnologia NFC no período.

Em junho de 2023, as compras por aproximação representaram 48,4% das transações presenciais com cartão. A Abecs estima que, em dezembro de 2023, o percentual será de 56%. “Há dois anos, em junho de 2021, essa participação era de 13%, o que evidencia não só a força dessa tecnologia, mas a prontidão do mercado em oferecê-la ao consumidor”, afirma Greco.

Os dados estão em linha com pesquisa encomendada pela Abecs ao Instituto Datafolha em julho. O estudo mostra que 54% dos consumidores brasileiros costumam realizar pagamentos por aproximação e, desses, 60% já usa a tecnologia frequentemente – sempre ou quase sempre. Entre os benefícios observados, a combinação entre comodidade e rapidez é o principal atrativo da modalidade para 88% dos entrevistados.

Nas transações não presenciais (e-commerce, aplicativos e demais compras remotas), a utilização dos cartões manteve o ritmo de crescimento, com alta de 10% e R$ 372,2 bilhões movimentados. “Esse é mais um crescimento que reflete a mudança dos hábitos de consumo dos brasileiros”, diz Greco.

Uso dos cartões no Brasil e no exterior

Os gastos de brasileiros fora do País também avançaram de maneira importante no primeiro semestre de 2023. O levantamento da Abecs aponta um crescimento de 36,2% em comparação com o mesmo período em 2022, registrando US$ 5,95 bilhões (R$ 30,1 bilhões) transacionados – o maior valor desde o primeiro semestre de 2018.

O endividamento e a projeção de crescimento para o ano também estiveram na pauta da apresentação de resultados.

Os dados mais atuais da participação do rotativo no endividamento dos brasileiros seguem em 3,2%, evidenciando o produto muito mais como viabilizador do consumo e fomentador da economia – com 73% do volume de crédito via cartões sem qualquer cobrança juros – do que como o grande responsável pelo endividamento. “A taxa de inadimplência do cartão de crédito se manteve estável durante todo o segundo trimestre e o que temos visto é um alto rigor de todos os integrantes dessa cadeia não só na sanitização de seus portfólios como na qualificação, para que esse número reduza ainda mais”, diz Greco.

Quanto à previsão de resultados do setor para o ano, depois de uma revisão levando em consideração o cenário macroeconômico e os setores de comércio e serviços, o intervalo de crescimento da indústria de meios eletrônicos de pagamento deve ficar entre 9% e 11% em 2023.

Por Panorama

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