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Pagamentos com cartões movimentam R$ 3,31 trilhões em 2022 

mulher faz pagamento por aproximação com relógio inteligente
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Nesta quinta-feira (16), a Abecs, associação que representa as empresas de meios eletrônicos de pagamento, divulgou em coletiva de imprensa o balanço do ano de 2022, que apontou crescimento de 24,6% no valor transacionado com cartões de crédito, débito e pré-pagos em comparação com o ano de 2021. O total movimentado no ano foi de R$ 3,31 trilhões e, para 2023, a entidade projeta um crescimento entre 14% e 18% para esse valor. 

Somente no quarto trimestre de 2022, a alta no valor das transações foi de 12,1% em comparação com o mesmo período no ano anterior, com R$ 894 bilhões em pagamentos com cartões. 

De acordo com o presidente da Abecs, Rogério Panca, os crescimentos observados indicam que o setor continua em expansão, impulsionado pela digitalização dos pagamentos e pelos hábitos de consumo, que incluem transações remotas e as compras por aproximação. “Nossa indústria tem investido constantemente em inovação e tecnologia, e a penetração dos meios eletrônicos de pagamento está cada vez maior nas famílias, o que ajuda a ampliar o escopo do setor e disseminar a digitalização dos pagamentos, que vem crescendo ano a ano”, afirmou. 

Quantidade de transações 

Os brasileiros fizeram 39,3 bilhões de transações com cartões em estabelecimentos físicos e virtuais em 2022, valor que representa uma alta interanual de 26,5% na comparação com 2021. Em média, foram realizados 107 milhões de pagamentos por dia ao longo do ano. 

O cartão de crédito foi a modalidade mais usada, com 18,2 bilhões de transações diárias (+24,2%), seguido pelo cartão de débito, com 15,4 bilhões (+13,1%), e pelo cartão pré-pago, com 5,6 bilhões (+104,1%). 

Consumo por modalidade 

Na comparação entre os tipos de pagamentos com cartões, as compras com o cartão de crédito tiveram o maior valor transacionado no ano em comparação com 2021, registrando R$ 2,1 trilhões (+29,4%), seguidas pelas modalidades débito e pré-pago, com R$ 992,4 bilhões (+ 7,4%) e R$ 227,6 bilhões (+94,4%), respectivamente. 

Pagamentos por aproximação e compras remotas 

O pagamento por aproximação, com a tecnologia NFC (do inglês Near Field Communication), teve alta de 187,8% em 2022, movimentando R$ 572,4 bilhões em mais de 11 bilhões de transações. O cartão de crédito foi o mais usado nessa função, com R$ 316,2 bilhões (+184,5%), seguido pelo cartão de débito, com R$ 155,5 bilhões (+168%), e pelo cartão pré-pago, com R$ 100,6 bilhões (+238,4%). 

Em dezembro de 2022, as transações contactless passaram a representar 40,4% do total de compras presenciais com cartões. O percentual comprova a rapidez da adoção da modalidade pelo brasileiro, pois há dois anos, em 2020, sua participação era de apenas 5% frente a outras formas de pagamento com cartões no País. 

“O pagamento por aproximação é um fenômeno de digitalização da economia que apresentou um crescimento muito importante em dois anos, tendo hoje uma expressiva média de 30 milhões de transações por dia. É uma modalidade tão segura quanto o pagamento em que a pessoa insere o cartão na maquininha e digita a senha, além de ser muito conveniente”, comentou Panca. 

O crescimento do uso dos cartões em compras não presenciais também teve destaque ao atingir pela primeira vez o valor de R$ 700 bilhões no ano, alta de 22,8% em comparação com o ano anterior que reflete a mudança nos hábitos de consumo da população brasileira.  

Uso no exterior 

Os gastos dos brasileiros fora do País continuaram a crescer em 2022. Na comparação com o ano de 2021, a alta foi de 122,3%, com US$ 9,3 bilhões (R$ 48,4 bilhões) movimentados. 

Europa e Estados Unidos se destacaram como destinos em que os brasileiros mais realizaram pagamentos com cartões, com R$ 20,7 bilhões (+128,6%) e R$ 20,2 bilhões (+99,2%) em transações, respectivamente. Juntos, os locais representam 85% de todos os gastos com cartões no exterior.  

Também apresentaram crescimentos importantes os países das Américas sem considerar os EUA, com R$ 4,8 bilhões (+85,3%), a Ásia, com R$ 2 bilhões (+68%), a Oceania, com R$ 339,3 milhões (+110,4%), e a África, com R$ 257,6 milhões (+106,6%). 

Por Panorama  

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