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ESG em perspectiva: como gerar um impacto verdadeiro?

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A relação das empresas com a sociedade está mudando. As pessoas estão cada vez mais exigentes em relação a como os negócios impactam o meio ambiente, trabalham por uma realidade responsável e cuidadosa com as pessoas e instituem bons processos de administração.

Dessa preocupação que vem ganhando muito significado, nasceu o conceito de ESG (do inglês, environmental, social and governance) que faz referência ao desenvolvimento e manutenção das melhores práticas ambientais, sociais e de governança nas empresas.

Especificamente no Brasil, a discussão sobre propósito ganhou ampla relevância. De acordo com o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (Ibpad) em parceria com a rede InPress Porter Novelli, 90% dos brasileiros confiam mais em empresas que compartilham seus propósitos com a sociedade e pelo menos 74% pesquisam sobre as empresas e sua reputação antes de consumir delas.

E como concretizar tudo isso?

No setor dos meios de pagamento, é um desafio incorporar os objetivos de ESG à estratégia de negócio com eficácia ao longo de toda a cadeia de valor e de maneira transparente para os stakeholders – conceito que vem se ampliando ao longo do tempo e abarcando mais partes interessadas em participar das discussões com a iniciativa privada, como os próprios consumidores e a opinião pública.

Essa visibilidade deve fazer parte da estratégia de governança, e é por meio dela que as empresas podem demonstrar como os compromissos estabelecidos se materializam em suas operações.

No âmbito social, a transformação digital traz impactos diversos para o setor. Se por um lado a automatização e o uso mais eficiente dos dados produzem novas tecnologias mais inclusivas, por outro isso gera uma demanda crescente por educação financeira e suporte.

Falar em sustentabilidade significa encontrar soluções para todo o ecossistema financeiro, e isso vai desde o uso de materiais mais sustentáveis até a oferta de ferramentas voltadas para o consumidor, como plataformas de doações e calculadoras de pegada de carbono. A educação, como parte fundamental da inclusão financeira e social, também faz parte dessa equação.

Os desafios de implementação da agenda ESG se intensificam para startups e empresas que ainda não possuem estratégias nesse sentido. Instituições tradicionais, com mais tempo de mercado, já possuem maturidade na agenda social e de governança, embora as questões ambientais sejam mais recentes – e, em alguns casos, precisem de um olhar delicado, como, por exemplo, no caso da abolição dos boletos de papel. Por aspectos culturais, muitos clientes resistem às faturas digitais, e a indústria precisa levar isso em conta na hora de ajustar suas práticas.

Uma boa maneira de começar, para quem ainda está engatinhando, é pela governança.

A partir da transparência e da gestão eficiente é possível permear as camadas da organização aos poucos e avançar gradualmente nos três pilares – de preferência aproveitando o que já faz parte do DNA da empresa. Com investidores, reguladores e a própria sociedade cada vez mais atentos à agenda ESG, a indústria precisa olhar o contexto de forma horizontal para definir suas estratégias, com transparência e proximidade de todos os elos da cadeia de valor.

Estudos feitos pós-pandemia mostram que as empresas com estratégias de ESG consolidadas foram menos impactadas e mais resilientes para reagir, ou seja, a sobrevivência de um bom negócio atualmente está atrelada ao compromisso com a sustentabilidade.

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