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Com tecnologia e inovação, indústria de cartões abre caminho para empreendedores digitais 

jovem empreendedora faz a gestão do seu negócio com um notebook e fala ao telefone
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Os microeempreendedores individuais (MEIs) são maioria entre as empresas brasileiras. Em 2022, segundo o Ministério da Economia, 73,4% (ou 14 milhões) dos 20 milhões de CNPJs registrados eram de microempreendedores. Durante a pandemia, a categoria cresceu ainda mais, com cerca de 5,4 milhões de novos empreendedores. 

“O aumento do desemprego fez com quem muitos lidassem com aquele momento de crise abrindo o próprio negócio”, comenta Alexandre Giraldi, consultor do Sebrae-SP. A empreitada, no entanto, apresenta uma série de desafios, desde uma gestão eficaz para que o negócio gere renda até fatores estruturais como o contexto econômico e a digitalização do consumo

Com a popularização das compras online, novos (e antigos) microempreendedores recorreram ao ambiente digital. “Só que, diferentemente de e-commerces consolidados, que contam com uma estrutura robusta de checkout, com suas integrações e ferramentas de segurança, o MEI conta, somente, com o seu perfil nas redes sociais”, diz Luis Lima, superintendente de e-Commerce da Rede Itaú. 

Soluções para vender no digital

Enquanto abrir uma conta na grande maioria das redes sociais é de graça, uma estrutura de venda online tradicional – loja, checkout e ferramentas de conciliação de pagamento – requer investimento, muitas vezes não condizentes com a realidade de um microempreendedor. Por isso, o ecossistema de pagamentos tem desenvolvido soluções próprias para esse público. 

“Oferecer soluções que integrem o fluxo de compra a ferramentas já usadas pelos MEIs, como redes sociais e aplicativos de mensagem, é uma grande oportunidade, tanto para o setor de pagamentos como para os empreendedores”, afirma Mayra Borges, vice-presidente de Negócios da Getnet. E isso vale não só para o pagamento em si, mas também para a gestão do negócio e o fluxo de caixa. 

O mercado está investindo em estratégias de inclusão: para facilitar os recebimentos do MEI e, mais que isso, para proporcionar todo um arcabouço que ajude esse empreendedor a colocar seu e-commerce de pé”, diz Mayra Borges, vice-presidente de Negócios da Getnet 

Assim, ferramentas simples, acessíveis e compatíveis com as redes sociais têm possibilitado que pequenos negócios ofertem aos clientes opções de pagamento com a fluidez e a segurança já conhecidas das transações com cartão. 

O link de pagamento e a transação por aplicativo de mensagem são duas dessas ferramentas. E quem tem algum contato físico com o comprador, durante a entrega do produto, por exemplo, pode contar também com a solução de Tap on Phone.

As redes sociais são canais de venda com muito potencial para pequenos empreendedores, que expõem produtos, fecham vendas e recebem o pagamento com ajuda dessas plataformas

Link de pagamento

O link de pagamento é um meio de cobrança que guarda, em uma URL, informações como valor da compra, data, nome do estabelecimento e forma de pagamento. Gerado em poucos cliques pelo próprio lojista no canal da adquirente, o link pode ser enviado ao consumidor via redes sociais, e-mail ou aplicativo de mensagem. Ao recebê-lo, o cliente abre o link, insere as credenciais do seu cartão e conclui o pagamento. 

Todas as transações realizadas dessa forma ficam registradas na plataforma de cartão usada pelo empreendedor (a plataforma da sua adquirente), o que contribui, também, com a conciliação de seu fluxo de caixa.  

“O microempreendedor precisa de ferramentas ‘plug-and-play’, amigáveis, que ele mesmo configura e administra. Por isso, soluções como o link de pagamento, de fácil manuseio, ajudam a desmistificar a ideia de que vender no digital é uma tarefa complexa demais para quem é pequeno”, afirma Borges, da Getnet.  

“Fazer e-commerce não é, necessariamente, ter uma loja virtual. Uma rede social pode ser ferramenta de vendas e relacionamento, permitindo que pequenos empreendedores façam e-commerce também”, afirma Luis Lima, superintendente de e-Commerce da Rede Itaú

Pagamento por app de mensagem

Instalado em 99% dos celulares no Brasil, de acordo com pesquisa da Mobile Time de 2022, o WhatsApp vai além da troca de mensagens pessoais: ele viabiliza atendimento, negociações e vendas via aplicativo, em transações que levam o nome de comércio conversacional. No WhatsApp Business, plataforma para pequenas empresas, o lojista pode concentrar as conversas com o cliente, a exposição do catálogo de produtos e, mais recentemente, o pagamento com cartões totalmente integrado ao app – ou seja, sem a necessidade de um checkout externo. 

“O recurso de pagamentos é habilitado pelo Meta Pay e processado por parceiros de pagamento compatíveis”, afirma a empresa. 

Com uma experiência de compra 100% nativa, o direcionamento para outro aplicativo, como o do banco, por exemplo, se torna dispensável e a jornada, bastante fluida para vendedor e consumidor, que só precisa cadastrar suas credenciais (do cartão de crédito, débito ou pré-pago), criar uma senha específica para a modalidade e finalizar a transação em alguns cliques. 

Em pesquisa da consultoria Kantar, encomendada pela Meta, no primeiro semestre de 2023, 59% dos entrevistados afirmaram preferir fazer compras por mensagem a se deslocar até uma loja. Segundo o WhatsApp, o dado reforça a expressividade que o comércio conversacional vem ganhando no processo de compra do consumidor brasileiro.

Tap on Phone

A possibilidade de usar o smartphone como uma maquininha consolida o Tap on Phone como uma tendência em pagamentos. Com ele, basta o download de um aplicativo disponibilizado pela credenciadora parceira e um aparelho com tecnologia NFC “vira” um terminal apto a receber pagamento por aproximação com cartão. 

A solução dispensa a compra ou aluguel de uma maquininha e é interessante tanto para o empreendedor que vende presencialmente como para aquele que fecha a venda online e se desloca até o consumidor para entregar o produto.  

Também de olho nessa tendência, na semana passada a Apple anunciou ao mercado brasileiro o Tap to Pay, solução que viabiliza transações com cartão de crédito, débito ou carteiras digitais entre dispositivos da Apple, como iPhones e Apple Watchs – ao empreendedor, basta instalar em seu iPhone o aplicativo da adquirente e oferecer a seus clientes a possibilidade de pagamento com cartão por aproximação.

Segurança garantida

Ao oferecer o pagamento no cartão de crédito, débito ou pré-pago – seja via maquininha, link de pagamento, checkout online ou qualquer outra solução desse ecossistema de pagamentos eletrônicos –, o microempreendedor é protegido por ferramentas de autenticação robustas, como a tokenização, a leitura criptográfica dos dados e o monitoramento antifraude com inteligência artificial, que, agindo de forma conjunta, permitem identificar compradores fraudulentos e evitar processos de chargeback indevidos. O comerciante, ademais, recebe por suas vendas no cartão mesmo na eventualidade de o consumidor não pagar sua fatura. 

Para quem compra, o pagamento no cartão também garante o sigilo de seus dados pessoais e de pagamento, além do ressarcimento caso haja desacordo comercial e o emissor do cartão precise ser acionado em um pedido de chargeback.

Ferramentas de gestão

Mas o pequeno empreendedor não tem apenas a necessidade de receber. “Geralmente todas as atividades relacionadas à empresa são desempenhadas apenas por uma pessoa. Então, quando uma única ferramenta também concentra, além dos recebimentos, funções como gestão de estoque, conciliação e sistemas antifraude, ofertar o pagamento com cartões se torna ainda mais atrativo”, diz Lima, da Rede. 

E, conforme o empreendimento cresce, pode chegar o momento de integrar-se a um marketplace ou construir o próprio site. “Quando isso acontecer, é importante acompanhar o lojista com ferramentas integradas que ofereçam a experiência de exibir os produtos em uma vitrine e configurar o pagamento em poucos cliques”, conclui Borges, da Getnet.  

Mensalidade no cartão de crédito: tendência também para os pequenos. Muitos serviços comercializados pelos MEIs podem ser aproveitados em um modelo de recorrência, com cobranças realizadas mensalmente. “As plataformas das adquirentes já fazem a gestão de pagamentos recorrentes, permitindo que o microeempreendedor tenha acesso ao mundo da mensalidade e ofereça essa praticidade ao consumidor”, comenta Mayra Borges, da Getnet. 

Por Panorama

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